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02 de maio de 2022 - 09h38

Com apoio de Tom Brady, startup Class chega ao Brasil para turbinar aulas no Zoom


Depois de levantar US$ 117 milhões, com participação do marido de Gisele Bundchen, empresa americana faz expansão agressiva no mundo para incrementar modelo híbrido de ensino.

 

Depois de a pandemia provar que o ensino digital é uma possibilidade, a startup Class, nascida em 2020, avança pelo mundo com seu serviço de ferramentas para o Zoom, uma das plataformas preferidas para as aulas online. E o próximo destino da empresa é o Brasil, revela a companhia ao Estadão.

O movimento acontece após a Class levantar mais de US$ 117 milhões ao longo de 2021, com cheques dados pelo fundo japonês SoftBank, Salesforce Ventures e, como pessoa física, pelo jogador americano Tom Brady, mais conhecido no País pelo relacionamento com Gisele Bundchen, além de nomes ligados aos setores da tecnologia e educação.

“O interesse na educação online é um desafio não só nos Estados Unidos, mas também em escolas de toda a parte do mundo”, explica o fundador e atual presidente executivo da Class, Michael Chasen, ao Estadão.

A Class não é a primeira empreitada de Chasen na educação. Em 1999, o executivo fundou a Blackboard, empresa de tecnologia especializada em soluções para escolas, professores e alunos e uma das líderes mundiais no segmento. A companhia foi a “escola” do empresário na área das “edtechs” (as startups de educação): “Naquela época, estávamos no início da adoção de soluções digitais no meio educacional. Isso nos deu uma expertise geral sobre o assunto”, diz Chasen, que saiu da empresa em 2012.

Com a pandemia, o americano notou o desafio de aprendizado dos filhos com as aulas remotas, que eram mais limitadas em relação ao mundo físico e pouco adaptadas ao novo ambiente. Nessas condições, as escolas não têm plataformas próprias e utilizam serviços de videoconferências de terceiros, como Zoom, Meets (do Google) ou Teams (da Microsoft). O problema é que são ferramentas criadas para reuniões, e não aulas.

Foi aí que ele decidiu lançar a Class: a startup complementa a experiência de aprendizado ao adicionar soluções próprias às chamadas. Por exemplo, é possível checar a lista de presença, avaliar rendimento e criar conversas privadas dentro da própria plataforma, sem trocar de aplicativo ou programa. Até o momento, a Class trabalha somente com o Zoom, que permite que terceiros criem recursos no app.

Aos 18 meses de vida, a startup já opera no Japão, China, Austrália, Irlanda, Reino Unido e México, somando 50 países. “A pandemia atingiu a todos no Planeta. A oportunidade de negócio é global”, diz.

É com esse produto e ritmo de expansão que a edtech quer embarcar no Brasil. Nesse primeiro momento, a Class pretende buscar como clientes as universidades que já adotam modelo híbrido nessa retomada da pandemia. Também estão na mira da companhia americana as instituições profissionalizantes do País, como Senac, e escolas de ensino primário.

“O Brasil é um dos nossos principais mercados pelo mundo e estamos animados em colocar nossos esforços no País”, explica Matt Baker, responsável pelas operações internacionais da Class e colega de Chasen desde os tempos de Blackboard. Segundo Baker, o mercado brasileiro possui nomes gigantes no setor de educação, como Estácio de Sá, Anima, Kroton, que podem catapultar a startup por aqui com os milhares de alunos matriculados nessas instituições.

O mau momento pelo qual passa o Brasil, no entanto, não espanta a empreitada dos americanos, que conhecem o País desde os tempos de Blackboard, empresa que embarcou por aqui em 2001. “Sempre foi assim. Não podemos deixar os ventos contrários nos afetar e o Brasil é um importante mercado, e vamos fazer o possível para perdurar”, diz Baker. “É o nosso papel descobrir como contornar esse cenário e ajudar as escolas.”

Leia a matéria original no Site do Estadão

 

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